História de Rio Grande da Serra – Pedreira
Na década de 1920, a Prefeitura do Município de São Paulo, diante da necessidade de realizar obras de pavimentação, adquiriu algumas pedreiras com intuito de minimizar os custos das obras, já que as pedreiras adquiridas passariam a ser de propriedade da cidade. Uma destas pedreiras foi a de Rio Grande da Serra, adquirida em 1927, mesmo ano em que as atividades foram iniciadas no local. Com a pedreira próxima aos trilhos da São Paulo Railway, o transporte do material (pedra britada) foi facilitado, pois pelo trem o material chegava com facilidade ao pátio do Pari, bem próximo ao centro do município.
Dois anos mais tarde, a Prefeitura de São Paulo executou melhorias, substituindo a antiga ferrovia Decauville, com bitola de 60cm e 5km de extensão, entre a pedreira e a estação ferroviária de Rio Grande da Serra, por um ramal de bitola larga (1,60m), permitindo assim que os vagões da SPR entrassem direto na pedreira, eliminando o transbordo entre trens na estação de Rio Grande.
Boa parte da produção de suas pedras serviu para calçar as vias da capital, entre elas a Avenida Paulista. Em 1931 a Prefeitura de São Paulo firmou convênio com a Ligth & Power para fornecer energia e ampliar o funcionamento da Pedreira. Com isso foi iniciado o desenvolvimento da rede elétrica domiciliar de Rio Grande da Serra. No final da década de 1970, foram encerradas as atividades na Pedreira.
Hoje a Pedreira de Rio Grande da Serra é considerada a maior da América Latina, formando um paredão de mais de 640 metros de comprimento e 70 metros de altura, atualmente muito utilizado para a prática de esportes como rapel e escalada.